
Pessoas passam uma vida inteira em busca de sua outra parte , como se fossem incompletas, necessitam de outra parcela que as preencham, assim, a felicidade chegaria como nos contos. Aliás, principes, princesas e fadas permeiam os relacionamentos das mulheres desde o sonho do casamento ideal com a sua pompa social, até o contexto estátistico de que a grande maioria das pessoas casadas não são felizes e apenas vinte por cento dos casamentos sobrevivem em harmonia, mesmo assim, em sua maioria, um dos dois submete-se ao outro.
Hoje existem novos modelos de relacionamentos que tentam superar as deficiências produzidas por essa relação impositiva, como é atualmente, para um caminho mais liberal, que preserve a privacidade de cada um.
A sexualidade vivida no casamento, com poucas exceções, leva a uma desmotivação , transformando muitas vezes a relação num tédio ou apenas numa sociedade particular que cuida de um patrimônio financeiro, de filhos, netos e depois, das doenças um do outro.
A infidelidade conjugal atinge grande percentual dos homens casados e hoje expande-se
Entre os casais, existe uma guerra surda entre o uso do álcool e dos antidepressivos, os homens gostam do primeiro e as mulheres têm medo, pois seu mundo imaginário erótico interno é bem mais intenso que o mundo masculino.
A liberação produzida pelo álcool as assusta, mas os antidepressivos que elas usam e bloqueiam as sensações de que as mulheres precisam amortecerem os sentimentos e os desejos autênticos do feminino, que a depressão denuncia. A depressão é diferente da tristeza. Hoje, a perda de um amor pode ser superada com drogas. Que é da força feminina que chorava de verdade uma separação?
É fácil observar que quando a mulher se libera por algum tipo de bebida ou similar, sua sexualidade fica muito mais propensa a excessos em face de seu inconsciente reprimido, retirando o peso da mulher-mãe, responsável por suas obrigações cotidianas. O prazer feminino dentro de uma relação a dois é muito complexo. A mulher precisa que uma grande parcela do seu imaginário se satisfaça, atrelado ao sentimento de estar amando, menos comum nas novas gerações.
O cotidiano de filhos, afazeres, distúrbios ou variações hormonais, preocupação com as contas (as mulheres são mais responsáveis) ou mesmo o ato de servir ao marido, quando em relaç~]oes mais conservadoras, dificultam a plena sexualidade feminina.
Aos quarenta anos de idade, a lucidez se aproxima, os filhos se vão e a consciência da realidade desperta. É a chamada idade da loba, quando seus desejos pessoais se afloram sem os limites cerceadores, vividos anos a fio, dentro da "escravidão" das responsabilidades femininas.
A cara metade deixa de existir e a vida a dois se transforma com o desejo se mostrando mais autêntico e maduro. Então o homem, marido, parceiro ou amante perde sua importância dentro daqueles valores conservadores sociais, e a sexualidade feminina segue um caminho próprio dando um novo significado a vida da mulher.
Vale a pena perguntar o que virá depois.
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